29 de abril de 2011

É quando a luz que retém ou que é retida pela sombra de uma grade na grama passa a te preocupar mais do que a sombra em si, quando pra saber se o que te molhou foi chuva, você passa alguns minutos tentando distinguir as gotas olhando as lâmpadas dos postes, para depois ficar com uma marca furta-cor na retina que causa um buraco no mundo. É quando, depois de presa num ônibus por três horas, o que te chama é a luz amarela da rua junto à vermelha dos carros à frente e à azul do bagageiro, e então você deseja antes uma câmera fotográfica ao celular que a passageira à esquerda usa para ligar pra casa e pedir aos pais que conversem com ela antes que ela tenha um colapso nervoso.


O mundo desaba e você vende flores artificias para cabelos.
E o detalhe é o que te mantém sã.

Nenhum comentário: