12 de fevereiro de 2012

Testamento-lembrete

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Depois que as minhas cinzas forem misturadas à pólvora, certifiquem-se que os fogos de artifício sejam lançados numa noite boa, com vinho por perto. Não me importa a chuva, se houver. Gosto do barulho que ela faz. Qualquer coisa coloquem uma gravação de chuva encontrada no youtube por uns 10 minutos, assim a água impede que o vento me leve pra longe de vocês. O poente é o meu preferido, mas só acendam o pavio se houver indício de noite, pra que eu não suma no sol. Gosto de vermelho, de girassóis e de tutu de feijão. Ah, Blues, por favor. Uma gaita, que seja, ou um violão. Façam desenhos com 48 cores de lápis de cor. E dancem, em pares, sem pressa. Não me lancem no ano novo. Sejam capazes de perceber que algo se inicia do meu fim, mas não o confunda com um reveillon (as pessoas têm o hábito de achar que a vida recomeça por ondas puladas). Não quero ser Stop, apenas Pause. Depois retoma-se a vida de onde ela parou, de uma festa qualquer.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ok, é oficial, sou sua fã.